Difícil definir o que brilha mais, a menina ou as cores.
Em cima do palco a o movimento se define pela leveza e suavidade de suas asas rosa-esverdeadas que voam devagar. Um sopro azul celeste movimenta as flores laranjadas, mas o brilho do sol esquenta suas novas pétalas vermelhas.
A harmonia da natureza se desfaz em gotas de suor, chuva, lágrimas douradas que se espalharam por todo o palco. Aos que vêem, nada mais é preciso. Saltos, giros e piruetas, mergulhos...cores.
A explosão da emoção misturou todos os sentimentos.
Realidade? Mentira. Tudo é fantasia; a liberdade não existe para a menina além das luzes do palco.
O brilho se desfaz em suor, chuva e lágrimas, agora sim prata, mas dessa cor só resta o cinza, pois o brilho ficou para trás. A vida separa as cores e impede que elas dancem no rítmo da natureza, balencem as asas com o sopro do vento ou o brilho do sol.
A menina daça a vida em passos rígidos, secos... sempre a espera do próximo palco que liberte suas cores mais vivas. Pulse seu brilho real.
Pra mim tudo é fantasia, um mundo meio Terra do Nunca com Alice no País das Maravilhas. Mas no meio disso tudo já não me existe mais a liberdade, em lugar nenhum... E é isso que me intriga!
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