sexta-feira, 22 de abril de 2011

"Vale do Paraíso"

O meu Vale do Paraíso tem mais rugas agora. Tem sujeira. Os cheiros aí aroma de frutas amassadas e queijo fresco refrescado pelo sol quente dessas terras do sul.
O destino, quem sabe dele? A espera dele, ao encontro dele. Talvez ele passe por essa estrada erma e molhada.
Não tenho lágrimas, não tenho dor. Talvez tudo isso venha depois. Agora a única coisa que corre por aqui é meu sangue. Na verdade não corre, escorre.
Tempo perdido? Acho que a vida nunca é tempo perdido. Perdidos somos nós nesse paraíso de ninguém.
Fraquezas ficam para trás, junto com o medo e ilusão. Essa é a vida, e nós decidimos por ela.
Chapéu do azar, pedra da sorte, vocês não nos pertencem mais, e agora só minha fé me inspira.
Mais uma gota de chuva. Mais um café e um papo furado. No fundo todo mundo caminha pelo mesmo paraíso e toma o mesmo café. A diferença é que eu coloco duas doses de açúcar e tenho alguns muitos milhares de passos até o meu paraíso.

21/04

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